Não há formulas que nos ensinem o significado que ultrapassa a razão.
Só podemos acreditar na utopia e na Realidade de viver.
Atentos calculamos as probalidades, consumindo nossa existência como quem acende velas no cais, sob o vento desgovernado e os olhares dos naúfragos extenuados - nossos irmãos - que tentam chegar à praia.
Conclusão: estamos contra o mar, porque desejamos continuar vivos, assim como estamos contra a vida, porque mergulhamos em águas das quais não enxergamos a fundo.
PONTE, J. Camelo. Sobre Caminhantes... São Paulo: Linguagem-Editora, 2002.