o meu talento
é amar o mundo desmesuradamente
apaixono-me e estranho-o
todos os dias
amo todos os dias
de braços abertos
entrego-me a amores
por mim
criados
regados e vividos
apenas por mim.
levo-me em paixões
que me escorrem em aguas acres
entre pernas que não a mim pertencem
no mal estar do cheiro e da viscosidade
mas no prazer cego fogo ardido do feito
Saber-me aqui vitoriosa
na ignorancias dos porques e comos
mas movida a uma fé cega que me rasga pelas manhãs ensolaradas
de que sempre haverá algo
numa idiossincrasia de crenças
de que sempre me esperará algo ao fim...por fim...de tudo...
Sei-me assim vitoriosa
Eu que tanto tanto quero acreditar.