Vivo aventuras,deleito-me em infinitos diversos e abismos pelo mundo,saboreio texturas e reconheço cheiros, sempre levada pelas palavras.desenho-as pelos ceus e brinco com os sons. do que me serve...não sei.talvez de nada,mas me basta.Como irei me sustentar,sustentar os meus,neste mundo de cheques e horarios,horas de ponta e saldos..nao sei.
Mas sei que vai tudo correr bem,porque vejo-me de fora a passar pelo jardim e gosto.Atiro o cigarro ao chão e sossegadamente continuo a ler o meu jornal.
Com o resto entendo-me eu mais tarde quando for para acertarmos as contas.Até lá espero encontrar o caminho pelas migalhas ou que o caminho me encontre pelas palavras.
O tempo da cura, tornou a tristeza normal. – Maria Gadú