Pergunto-me por vezes se é isto
Se é isto que eu preciso
Salto varandas de espaços finitos
Com sorte encontro uma janela de espaço infinito
Mas pouco depois
Regresso ao meu vazio
Pergunto-me por vezes se é a este vazio
Ao vazio que regresso
e as palavras saem como se fossem um depósito temporário
de ideias não minhas
não de ninguém
Abraço a minha pequenez
E sonho com janelas e varandas abertas